Água – mais de 50 anos à espera de uma nova represa

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2020 será um marco histórico para Cordeirópolis. Investimento de R$ 25 milhões entre construção e desapropriação

 

Loja Barbosa (3)

A cidade de Cordeirópolis desde os anos 60 enfrenta graves crises hídricas, onde os prefeitos da época sofriam pressão das poucas indústrias existentes no município: ou resolvia o problema da água ou iriam embora. Relato esse que foi mensurado ao Jornal Expresso no ano de 2008 quando fez a entrevista com Luiz Beraldo (In Memoriam) , prefeito que administrou a cidade de Cordeirópolis de 1965 a 1969.

Represa Barro Preto antes de ser aberta

Represa Barro Preto antes de ser aberta

“Cordeirópolis estava em ritmo de crescimento e progresso, indústria de papel dava muito emprego e retorno ao município em recolhimento de impostos, eu estava acuado e tinha que achar uma solução para a questão da água, pois somente com poços artesianos não era possível suprir a necessidade do município. Até que um dia o gerente me pressionou: ou o senhor nos dá mais água para poder trabalhar ou vamos para outro local , e como já conhecia a várzea do Barro Preto, pois quando era menino eu via as águas da chuva transbordar por cima da estrada, então tive a ideia de represar tudo”, contou Beraldo na entrevista em 2008.

Através da Lei 417, de 16 de junho de 1965, foi autorizado um crédito de Cr$ 21.552.064 para a construção da obra. Veja a Lei abaixo.

Através da Lei 417, de 16 de junho de 1965, foi autorizado um crédito de Cr$ 21.552.064 para a construção da obra. Veja a Lei abaixo.

Lei 417 _1965

E desde então a cidade foi desenvolvendo e com o passar dos anos as indústrias de telhas foram se transformando em grandes fábricas de pisos, a cidade recebendo novos moradores e consequentemente o córrego que foi represado não iria dar conta por tantos anos.

De 1965 a 2020 – Obras que ficarão marcadas para o desenvolvimento da cidade

São mais de 50 anos que a cidade carece de uma nova represa, várias crises hídricas marcaram o município, além de barrar o desenvolvimento econômico, pois empresas deixam de se instalar por não haver garantia de água para o funcionamento.

Para registrar o início da obra, uma coletiva de imprensa foi realizada no dia 02 de julho para apresentar todo o projeto.

Para o prefeito Adinan Ortolan, com a construção dessa obra, terá duas versões de Cordeirópolis.

“ Com essa obra haverá duas Cordeirópolis: uma antes da represa e outra depois dela. Hoje a capacidade de reserva está no limite e precisamos de uma capacidade de água segura para que possa desenvolver”, afirmou Ortolan durante coletiva de imprensa.

A nova represa Santa Marina terá mais 728 mil metros quadrados com capacidade para receber 1,5 bilhão de litros, o suficiente para abastecer um município com 50 mil habitantes. A previsão para a entrega da entrega é de 27 meses.

Projeto Ambiental

Hoje para dar início a uma obra deste porte, não é tão simples como era há décadas. Licenças ambientais, trâmites burocráticos que devem ser seguidos podem levar anos para conseguir toda a liberação legal.

Para iniciar a obra foi estudada toda a vegetação, animais do local para que fossem dado um destino correto para cada um, conforme explicou a veterinária Ana Eliza Turci.

“Montamos uma base fixa e móvel para atender os animais de resgate, sejam sapos, répteis, aranhas e outros, fazemos avaliação da sua integridade física e avaliamos cada um para a soltura adequada”, disse a veterinária.

Equipe faz resgate dos animais do local

Equipe faz resgate dos animais do local

De acordo com o engenheiro responsável da obra Tadeu César Lara Amaral, a primeira etapa está sendo a limpeza.

“Esta vegetação deve ser retirada, por ter bactérias que possam atrapalhar na composição para o consumo da água, o pessoal do meio ambiente vai resgatando os animais e levando pra base veterinária. A barragem terá 220 metros de comprimento por 10 metros de altura, com base de alagamento aproximada de quarenta hectares”, explicou o engenheiro.

Toda a explanação do engenheiro você pode acompanhar Clique aqui.

Crises Hídricas

A cidade passou por várias crises hídricas praticamente desde dos anos 60, principalmente em período de estiagem. Em 2014 passou a captar da cava de argila para abastecer a cidade atualmente possui três reservatórios: Mirante, Santa Marina e Ibicaba.

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