Uma carga de papel sulfite avaliada em mais de R$ 19 mil, que deveria ser entregue a uma empresa de Limeira, acabou em mãos erradas. A Polícia Civil desvendou o golpe e prendeu quatro envolvidos em flagrante. Em um mês a vítima cordeiropolense teve um prejuízo de R$ 87mil.
Um esquema ousado de receptação e estelionato foi desmantelado nesta quinta-feira (03), em Piracicaba. A investigação começou após a empresa com sede em Cordeirópolis, perceber a novamente a movimentação estranha: uma carga de 80 caixas de papel sulfite A4 havia sido vendida para uma empresa limeirense.
O que parecia uma entrega comum, virou caso de polícia. O caminhão que deveria levar a carga até a possível compradora foi interceptado pela equipe da Polícia Civil de Cordeirópolis, que passou a acompanhar de perto os passos dos suspeitos. A operação se desenrolou entre Limeira e Piracicaba, onde o veículo foi flagrado descarregando o material em locais diferentes dos indicados na nota.
Quem são os envolvidos?
Quatro pessoas foram presas em flagrante que supostamente estariam envolvidos na receptação da carga e na tentativa de revenda do material. Além deles, outras cinco pessoas também aparecem no boletim como testemunhas, condutores ou proprietários dos veículos usados no crime.
O que foi apreendido?
A polícia apreendeu:
- 80 caixas de papel A4
- 224 caixas adicionais da mesma marca
- Diversas etiquetas de papel
- 3 celulares
- 8 resmas de papel em loja comercial
A carga estava sendo distribuída entre uma residência no bairro Santa Terezinha, em Piracicaba, e o comércio de um dos envolvidos.
Como foi descoberto?
A representante da empresa vítima, ao notar novamente o golpe, acionou a polícia. Rapidamente, agentes conseguiram identificar o caminhão Iveco utilizado e passaram a segui-lo até confirmar a entrega indevida. A partir daí, vieram as prisões e a apreensão dos materiais.
Os detidos permanecem presos, sem direito à fiança. Os motoristas foram soltos.
O delegado responsável apontou fortes indícios de que os suspeitos atuavam em grupo organizado, usando nomes de empresas da região para obter mercadorias e revendê-las.
“Um caso típico de estelionato e receptação qualificada. A rápida ação da equipe evitou um prejuízo ainda maior para a empresa”, declarou o delegado Rodrigo Rodrigues.

Foto: Polícia Civil