Sob um mandado de busca e apreensão expedido pela 3ª Vara Criminal Criminal solicitado pelo delegado Leonardo Burguer do 4º Distrito Policial de Limeira, os policiais fizeram a busca na residência do pai da médica limeirense acusada em desviar milhões da saúde no Distrito Federal através de contratos milionários de leitos emergenciais de UTIs durante a pandemia.
Na residência do pai localizado em Limeira foram encontrados inúmeros medicamentos, itens de respiradores e de intubação que foram utilizados durante a pandemia, além de cânulas para traqueostomia, sondas e camas hospitalares.
De acordo om informações lavradas em boletim de ocorrência: " considera configurado o estado flagrancial.... eis que o agente mantinha em depósito para venda grande quantidade de produtos medicinais ... e procedência ignorada ... observando que nenhum documento de origem foi apresentado. Ademais, quanto a autoria, o indiciado demonstrou conhecimento sobre os fatos, inclusive evidenciando-se protagonista das relações negociais envolvendo as empresas dos familiares com os entes públicos, o que se dessume, inclusive, das procurações apreendidas neste procedimento, onde é mandatário das empresas MED AID Socorro Médico LTDA. Ne mesmo sentido, o depoimento dos policiais trazem a informação de que o indiciado se julgou "Mestre em licitações" demonstrando que os medicamentos estavam no interior de sua residência com pleno conhecimento, inclusive sobre a ilicitude que os acompanhava, já que desprovido de licença para armazenamento das substâncias".
Após depoimento, o delegado deu voz de prisão e considerou a pena de 1 a 3 anos de prisão previsto na redação original do preceito primário da mesma norma, arbitrando fiança no valor de R$
15 mil, o qual sendo paga, estaria em liberdade provisória.
Caso médica
A médica Cinthya Cristina Telles uma das proprietárias do Instituto Med Aid Saúde (Imas), organização social que assinou contrato de R$ 85,1 milhões com a Secretaria de Saúde do DF, foi presa nessa quarta-feira (18/8), em Limeira (SP). Ela agrediu policias civis de São Paulo que cumpriam mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Ethan, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A ação do MPDFT apura possível superfaturamento milionário em contratação emergencial, entre março e outubro do ano passado, de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).
A médica foi candidata a vice-prefeita em 2016, em Cordeirópolis pelo partido PSD.