Operação Sintonia - 9 menores envolvidos com tráfico continuam em Fundação Casa

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Dos 10 apreendidos, um foi inocentado

Um trabalho de investigação feito pela Polícia Civil de Cordeirópolis, sob o comando do delegado William Marchi,  no mês de junho denominada como Operação Sintonia, teve como foco principal combater a atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na cidade de Cordeirópolis. No dia da operação policial, 10  menores foram apreendidos por estarem envolvidos na "linha de frente" do tráfico, no entanto,  a sentença saiu  nesta quarta-feira (22), assinada pelo juiz José Henrique Oliveira Gomes, da Vara Única de Cordeirópolis, onde determinou a internação de nove envolvidos por mais seis meses, após esse prazo a situação será reavaliada. Desses apreendidos, apenas um foi inocentado e já se encontra em casa.

Loja Barbosa (3)

Na investigação foi detectada a forte participação dos menores no tráfico, no Pátio da Estação, que eles chamavam de "loja", local de circulação de viciados em entorpecentes e forte atuação de traficantes, além da evidência clara da associação dos menores que eram comandados por integrantes da facção do PCC.

Em trechos da sentença o juiz apresenta que este tipo de crime é " ato infracional análogo ao crime de associação para o tráfico é grave. Quando praticado por adolescentes tem o efeito de corromper uma importante fase de desenvolvimento da pessoa, estando quase sempre associado a evasão escolar, conflitos familiares e fomento ao crime organizado".

E ainda acrescenta dados da investigação: "As informações colhidas em interceptações e apreensões de celulares  demonstram que os adolescentes atuam na “linha de frente” da distribuição das drogas. Perderam  importante etapa do desenvolvimento pessoal para atividades ilícitas e já demonstram  significativo envolvimento com a criminalidade, a ponto de ostentar sem qualquer receio (e até com orgulho) seu envolvimento com o crime organizado nas redes sociais. Esse é um dos  aspectos mais nocivos do domínio exercido pelo tráfico, e tem se manifestado com grande
intensidade na Comarca", citou.

A representação pela apreensão dos menores foi feita pelo Ministério Público (MP), por meio do promotor Luiz Albergo Segalla Bevilacqua. Embora em depoimentos os menores afirmaram não ter conhecimento, ou que tivesse contato com a comercialização da droga, através da investigação foi possível detectar  o contato entre eles, através de ligações ou mensagens em aplicativos de celular, onde trazem que:  " dos trabalhos investigativos lograram êxito em descobrir que, de maneira estável e organizada", e em outro trecho afirma: "tamanha era a organização do esquema que os adolescentes revezam turnos no Pátio da Estação para a venda das drogas, o que era feito, via de regra, sob o comando dos imputáveis cujas alcunhas são “Chocolate” e “Bochecha”, ambos com estreita ligação com o PCC", esses já se encontram presos.

Após seis meses a situação dos noves menores serão reavaliadas.

 

 

 

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