Câmara e Senado tem a maior mudança das últimas décadas, novo presidente, grande número de votos nulos e outras curiosidades
Os próximos quatro anos do Brasil foram definidos. Neste domingo (28), mais de 100 milhões de brasileiros foram às urnas para escolher o presidente que governará o país durante os próximos quatro anos. Deste montante, 57,7 milhões escolheram o vencedor, Jair Messias Bolsonaro (PSL), seu concorrente Fernando Haddad (PT), obteve os 47 milhões de votos. Diante disso, firma-se uma renovação em todo o cenário político nacional que passa pela Câmara de Deputados, Senado Federal e governo dos estados.
GOVERNOS ESTADUAIS:
Com o fim do segundo turno, foi apontado novos rumos aos governos estaduais em partes do país. Conforme os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 10 candidaturas à reeleição tiveram sucesso no país, e outras 10 foram derrotadas.
O Partido dos Trabalhadores (PT), é o que mais vai comandar os estados brasileiros, são quatro governadores eleitos, seguido pelo MDB, PSL, PSB, PSDB com três, logo em seguida com dois governadores estão o DEM, PSC e o PSD e na dianteira de um estado está o NOVO, PCdoB, PDT, PHS e PP.
Serão reconduzidos para um novo mandato, de 2019 a 2022, Waldez Góes (PDT), do Amapá; Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul; e Belivaldo Chagas (PSD), de Sergipe. Os novos eleitos são Wilson Lima (PSC), do Amazonas; Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Helder Barbalho (MDB), do Pará; Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Coronel Marcos Rocha (PSL), de Rondônia; Antônio Denarium (PSL), de Roraima; Comandante Moisés (PSL), de Santa Catarina; e João Dória (PSDB), de São Paulo.
Fátima Bezerra é a única mulher a ser eleita para governar um estado em 2018. Ela é também a única senadora a vencer a sua disputa de segundo turno.
SENADO:
Mudança: 85% essa foi a taxa de renovação do Senado brasileiro. No total, das 54 vagas em disputa neste ano, 46 serão ocupadas por novos nomes. Em comunicado oficial, o senado destacou essa mudança que faz parte da história do país.
“De cada quatro senadores que tentaram a reeleição em 2018, três não conseguiram. Essa estatística marca a eleição mais surpreendente da história recente do Senado Federal. Desde a redemocratização do país, não houve um pleito que trouxesse tantas caras novas para o tapete azul do Senado”, disse a assessoria de imprensa do Senado.
Ao todo, 22 partidos vão compor o Senado a partir de 2019, é a maior fragmentação da história. Deste número, o MDB terá 12 representantes, PSDB - 8, PSD -7, DEM - 6, PP - 6, PT – 6, REDE – 6, PODE – 5, PSL – 5, PDT – 4, PTB – 3, PHS – 2, PPS – 2, PR – 2, PSB – 2, PROS – 1, PRP -1, PSC – 1, PTC – 1, SOLIDARIEDADE – 1, PRB – 1 e Sem partido – 1.
1º E 2º TURNO, DISPUTA PRESIDENCIAL E CÂMARA DOS DEPUTADOS:
Em números, o 1º e 2º turno da disputa presidencial trouxe dados curiosos. Como averiguado pelo Portal JE10, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, cresceu 17,29% em comparação ao primeiro turno, foram 49.276.990 milhões de votos para 57.797.423 milhões nesta disputa. O candidato derrotado, Fernando Haddad, teve um crescimento de 50,09% em comparação ao primeiro turno, foram 31.342.005 milhões de eleitores para 47.040.574.
Na Câmara dos deputados, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, terá grandes desafios pela frente como analisa especialistas. Pois, dos 148 deputados de oito partidos devem fazer oposição ao candidato. Veja a composição da Câmara dos Deputados:
PT – 56; Progressista – 37; PSD – 34; PR – 33; PSB – 32; PRB – 30; DEM – 29; PDT – 28; Solidariedade – 13; PSOL – 10; PTB – 10; PCdoB – 9; PROS – 8; PSC – 8; PV – 4; Rede – 1.
ABSTENÇÃO DE VOTOS:
Ainda neste segundo turno, um total de 11 milhões de brasileiros votaram branco e nulo. Representando 9,5 da parcela total de 147,3 milhões de eleitores. O índice é o maior desde a redemocratização do Brasil em 1989, na época brancos e nulos somaram 5,8% do eleitorado — equivalente a quatro milhões de pessoas.