Desde a semana passada, uma mãe busca por soluções após seu filho autista de 12 anos ser humilhado por professor na escola estadual localizada em Cordeirópolis. O Portal JE10 recebeu via aplicativo de celular o vídeo da mãe por várias pessoas e também foi procurada pela genitora relatando a história de humilhação que ela diz que o filho sofreu em sala de aula. O fato ocorreu na quarta-feira (03).
De acordo com a mãe, o garoto é atendido pelo centro de referência de autismo na APAE e também já estudou em outra escola pública na cidade e pela primeira vez os pais estavam conseguindo engajar o menino na escola, no entanto após o episódio o menino chegou em casa com crise e não quis mais voltar estudar.
“Estou na cidade porque tem um bom centro de referência do autismo, mas fomos destruídos por um professor chamado … simplesmente porque ele não conseguiu abrir uma cola por não ter coordenação na mão e espalhou um pouco no chão e na camiseta; e esse professor o fez limpar o chão e disse que ele tem problema na cabeça e meu filho ficou extremamente mexido e traumatizado”, disse a mãe em seu vídeo que postou em rede social.
Após a mãe soltar o vídeo do episódio com o garoto, ela também nos encaminhou as várias mensagens que alunos e pais encaminharam a ela com referência negativa da postura do docente.
A redação do JE10 procurou tanto a escola estadual, quanto a Diretoria de ensino de Limeira, onde pediu para entrarmos em contato com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), onde nos encaminhou a seguinte nota:
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) repudia qualquer forma de violência dentro ou fora do ambiente escolar. Assim que tomou conhecimento da situação, a direção da unidade agiu prontamente, iniciando uma apuração preliminar dos fatos.
O aluno passou por uma Avaliação Pedagógica Inicial (API) a fim de identificar os apoios, recursos e serviços complementares que seriam necessários durante a sua rotina escolar – incluindo material, mobiliário, estrutura, recursos pedagógicos e de tecnologia. No entanto, a pedido dos pais, o aluno será transferido para uma unidade particular.
A unidade trabalha no diálogo constante com a comunidade escolar e conta com apoio do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) e do profissional do programa Psicólogos nas Escolas para mediar conflitos e oferecer suporte emocional ao envolvidos. A Diretoria de Ensino está à disposição dos responsáveis para esclarecimento”
Com relação a troca do garoto da escola a mãe nos informou:
“Realmente retirei meu filho da escola, pois não há mais condições dele continuar, já que o professor iria continuar e o problema dele foi com o professor e não com a escola”, informou a mãe.
Com relação a postura do professor se fica ou não na escola, a SEDUC informou:
“Quanto à situação do professor. O docente registrou Boletim de Ocorrência por ter sido agredido na saída da escola por um dos responsáveis pelo aluno. Sobre as denúncias feitas pelos responsáveis do estudante, a escola realizou uma averiguação preliminar e a Diretoria de Ensino de Limeira está realizando uma apuração interna administrativa para verificar os fatos”, afirmou.
A mãe do garoto afirmou ainda que também registrou um boletim de ocorrência contra o professor. “Não tinha mais condições dele continuar na escola, espero que justiça seja feita”, finalizou a mãe.
PS – Por questões de preservar tanto a instituição de ensino, quanto os pais e principalmente o garoto, antes de soltar qualquer reportagem pedimos um posicionamento das instituições responsáveis.