Uma pesquisa realizada pelo CMEC (Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura) da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), realizaram uma pesquisa com o objetivo de mapear o perfil da mulher empreendedora.
A amostra mínima inicial para o estado de São Paulo era de 730 entrevistas com mulheres empreendedoras. Ao final do período de coleta de dados, 903 mulheres participaram da pesquisa, sendo cidades de São Paulo e São Carlos.
Dos resultados, as mulheres paulistas, 84,7% realizam as tarefas de cuidados com a casa, sendo que 37,8% contam com o apoio do cônjuge, 17,1% dos filho(a)s/ enteado(a)s, 20,9% com apoio de diaristas e 10% com funcionário(a) mensalista.
Outro dado da pesquisa, é que 64,5% estão na faixa etária de 40 a 59 anos e 26,5% entre 20 a 39 anos, e quase 70% são casadas ou união estável.
Com relação a renda familiar, 65,1% das mulheres possuem renda domiciliar de até R$ 8.630,07, sendo que 42,5% são responsáveis pela maior parte da renda do domicílio.
No porte da empresa, 42,5% dos negócios são MEI e 21,6% microempresas.
Os principais desafios na jornada como empresária/empreendedora foram dupla jornada (64%), falta de incentivo e apoio, além do financeiro (37,3%), insegurança (35,4%) e desconhecimento das ferramentas de gestão (27,4%); 49,6% acreditam que algumas dificuldades enfrentadas na sua jornada de empresária/ empreendedora devem-se ao fato de ser mulher; 24,9% afirmaram que, ao menos uma vez, alguém disse que seu negócio é coisa de homem, sendo que 68,9% indicaram que a afirmação não a desanimou ou impactou em sua autoconfiança para continuar com o negócio.
O levantamento foi desenvolvido por meio do projeto Desenvolve Mulher Empreendedora, que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo feminino, via Associações Comerciais de todo o País.
A pesquisa visa ampliar a compreensão sobre os desafios e as necessidades do universo empreendedor. Outra meta é identificar os motivos da baixa participação de mulheres em cargos de liderança. A partir do resultado, ações práticas para mudar o atual cenário serão propostas.
Fonte: Facesp