Vereadora propõe projeto para lembrar vítimas do Holocausto, mas barra o de acolhimento a imigrantes já instalados em Cordeirópolis

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Enquanto o projeto que cria uma data simbólica para lembrar o Holocausto Judaico avança na Câmara Municipal de Cordeirópolis, um outro projeto, de impacto social direto e voltado à realidade local, foi rejeitado sob alegação de que o município “não tem estrutura” para acolher mais pessoas.

O contraste ganhou força nos bastidores políticos e entre lideranças sociais após vir à tona que a mesma vereadora que propôs o “Dia da Lembrança do Holocausto” votou contra o Projeto de Lei nº 44/2024, que visava instituir políticas públicas de acolhimento, integração e apoio a imigrantes já residentes na cidade, como consta no pedido assinado pelo vereador Diego Fabiano de Oliveira.

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O projeto buscava criar diretrizes locais de inclusão, acesso a direitos básicos e atendimento a famílias que já vivem em situação de vulnerabilidade no município, especialmente em áreas como saúde, moradia, educação e regularização documental.

A justificativa da vereadora, quando entrou em votação, foi de que o município não teria estrutura suficiente para implementar tais ações, incluindo falta de moradias disponíveis. A negativa causou surpresa, já que muitos desses imigrantes já estão inseridos na sociedade local, trabalhando em diversos setores, inclusive nas indústrias do município.

Por outro lado, o projeto que trata da memória do Holocausto, embora relevante sob o aspecto histórico e de direitos humanos, não tem relação direta com a realidade vivida pela população de Cordeirópolis, que não possui uma comunidade judaica significativa.

O contraste entre os dois projetos levantou questionamentos que chegou até a redação do JE10, sobre coerência, prioridades e representatividade no Legislativo. Para alguns, há um descompasso entre o discurso simbólico e as ações práticas. O projeto traz: fica instituído, no âmbito do Município de Cordeirópolis, o “Dia da Lembrança do Holocausto Judaico”, a ser celebrado anualmente no dia 27 de janeiro, com o objetivo de preservar a memória das vítimas do Holocausto e promover a conscientização sobre os perigos do antissemitismo, da intolerância, do racismo e de todas as formas de discriminação.

 

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“É simbólico lembrar o Holocausto, mas não faz sentido barrar um projeto que busca acolher imigrantes reais que já enfrentam dificuldades na cidade. É como dizer que se importa com os direitos humanos no papel, mas não quando estão ao lado de casa”, comentou um imigrante que sentiu prejudicado e que preferiu não se identificar.

A discussão também chama atenção para o papel da Câmara em equilibrar homenagens históricas com medidas de impacto direto para a população local, especialmente em tempos de crise humanitária, aumento da migração e desigualdades sociais.

O projeto ainda deve passar por comissões internas da Câmara e pode ser votado nas próximas sessões legislativas.

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