Prefeitura de Cordeirópolis inicia corte de horas extras e gratificações em meio a aumento de gastos com pessoal

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Em meio a um cenário nacional de queda de arrecadação e necessidade de contenção de despesas, a Prefeitura de Cordeirópolis teria iniciado, de forma interna, um plano de contenção de gastos. Segundo informações recebidas pelo Portal JE10, ainda de forma extraoficial, a prefeita Cristina Saad tem se reunido com secretários municipais e vereadores para alinhar a adoção de medidas de redução de custos, especialmente com a folha de pagamento do funcionalismo público.

A medida, embora ainda não formalizada por meio de um decreto público, já será colocada em prática com ordens claras: corte de horas extras, gratificações e outras bonificações concedidas a servidores. O que se comenta nos bastidores é que a prefeitura estuda uma forma de aplicar a contenção sem a necessidade de decreto oficial, o que poderia entrar em contradição com o recente empréstimo de R$ 18 milhões aprovado pela Câmara Municipal, e levantar questionamentos jurídicos e políticos sobre improbidade administrativa.

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Embora a queda de arrecadação seja uma realidade em muitas cidades brasileiras, o cenário atual da Prefeitura de Cordeirópolis chama atenção por outro fator: o crescimento expressivo no número de funcionários em comparação ao ano anterior. Dados disponíveis no Portal da Transparência indicam que, de 2024 para 2025, o quadro de servidores passou de 954 para 1.052 pessoas — um aumento de quase 100 funcionários.

Além disso, registros revelam casos de salários elevados e múltiplas gratificações atribuídas a determinados servidores comissionados. Teve, por exemplo, registros de funcionários recebendo valores próximos a R$ 17 mil, acumulando gratificações, horas extras e até adicionais de periculosidade — mesmo quando há dúvidas sobre a efetiva execução da função para a qual o adicional é pago.

Casos semelhantes também se estendem a outros servidores que quase dobraram o salário base por meio de horas extras. Apesar de algumas funções exigirem esse reforço, em outros setores a concessão de horas extras é questionada por especialistas como um ponto que pode estar elevando desnecessariamente a despesa com pessoal.

Custo real de um funcionário

Para cada R$ 1.000 pagos em salário bruto, a administração pública desembolsa, em média, R$ 1.580 a R$ 1.650, considerando os encargos obrigatórios como INSS patronal, FGTS, 13º salário e cesta básica. Isso significa que, com o aumento de funcionários e benefícios adicionais, o impacto na folha de pagamento tende a crescer exponencialmente.

Uma análise superficial pelo site da transparência já aponta que o custo total com pessoal aumentou cerca de R$ 700 mil por mês em comparação aos meses iniciais do ano anterior. Ao mesmo tempo, a prefeitura afirma que vem quitando dívidas herdadas e tenta equilibrar as contas públicas.

Receita alta, mas contas apertadas

Por outro lado, desde janeiro o que mais a atual administração fala é que está pagando dívidas, mas vale salientar que de janeiro até agora os cofres públicos receberam quase R$ 115 milhões, e segundo os especialistas em economia já vêm alertando que a lição de casa deve ser feita: cortar gastos!  Para especialistas em economia pública, esse volume de recursos é significativo, mas exige responsabilidade fiscal diante de um cenário de despesas crescentes.

O que está em jogo

Caso os cortes prometidos sejam realmente colocados em prática, a atual gestão poderá ser vista como atuante em favor da saúde financeira do município. Entretanto, se benefícios desproporcionais continuarem a ser mantidos para grupos específicos, a medida pode soar superficial, o que aumentaria ainda mais a pressão popular por mais transparência e responsabilidade.

O Portal JE10 também recebeu manifestações de alguns servidores efetivos que alegam sobrecarga de trabalho. Muitos deles temem que a política de cortes não seja aplicada de maneira equilibrada, levantando discussões sobre critérios e tratamento igualitário dentro da máquina pública.

Por fim, vale reforçar que o momento exige cautela, diálogo e compromisso com a eficiência da gestão pública, não apenas por parte do poder executivo, mas de toda a estrutura administrativa e legislativa do município.

 

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