Chegam as festas de final de ano e muitas perguntas vêm em nosso interior, principalmente no que diz respeito a economia do país. Para a realização de sonhos e projetos unem-se à economia do país, se caminhar bem, a população também se apoia e junto todos crescem. Para isso o Portal JE10 traz um colunista para apresentar as expectativas econômicas para 2020, acompanhe o economista cordeiropolense Felipe Zaia.
Para 2020 a previsão é de aceleração do crescimento do produto interno bruto ( PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país para 2,1%, pelo menos o dobro de 2019 afirmou Paulo Guedes, ministro da economia.
O atual ritmo de crescimento pode ser considerado lento aos nossos olhos, mas não podemos esquecer que sobrevivemos a uma forte recessão econômica que teve início nos meados de 2014 e consequentemente um grande recuo no PIB por dois anos consecutivos 2015(-3,8%) e 2016(-3,6%). A crise também gerou desemprego, que atingiu seu auge em março de 2017 com uma taxa de 13,7%, o que representava 14,2 milhões de brasileiros desempregados.
E aqui irei fazer uma analogia: Como fazemos para sair de um buraco? O primeiro passo é parar de cavar e foi exatamente o que o governo Temer (05/2016-01/2019) fez. O período curto do governo Temer foi um dos mais reformistas na história recente do nosso país. Em seu governo foram aprovados várias medidas na área econômica, como o controle dos gastos públicos (PEC 55), que impôs limites a gastos futuros do governo federal, a reforma trabalhista de 2017 entre outras. Houve uma mudança de postura na politica fiscal a partir do impeachment, uma politica fiscal sensata e um banco central independente para exercer seu mandato são necessários para o momento que iremos viver nos próximos anos.
As condições financeiras seguem no patamar mais estimulativo desde 2013, com destaque para a taxa de juros real (juros descontado da inflação) de 1% ao ano. Indicadores de confiança seguem em trajetória de recuperação e nos projetam uma recuperação sustentável de crescimento com inflação abaixo da meta, ou seja, o ciclo de redução da taxa de juros continua e alguns especialistas já projetam mais três cortes até o começo de 2020, chegando a 4%a.a.
O cenário de juros baixos impulsionam a economia, promovendo investimentos, pois o preço do dinheiro fica mais barato e também o aumento do consumo pelas famílias. É mais dinheiro rodando na economia.
Do mercado de trabalho, notamos também uma recuperação do emprego formal e uma estabilização nas taxas de crescimento, o saldo de emprego deixou de ser negativo (quando há mais demissões que contratações) para um saldo positivo (quando há mais contratações que demissões). Em outubro de 2019, o número de contratações ultrapassou o de demissões pela sétima vez consecutiva, colaborando com o argumento de que o mercado segue em ritmo gradual de recuperação.
Na parte política, a reforma da previdência foi finalmente concluída no Senado e, apesar da desidratação sofrida, ainda consideramos uma reforma robusta. Há grandes reformas ainda para serem feitas, como por exemplo o plano mais Brasil, um conjunto de medidas apresentado por Paulo Guedes com o proposito declarado de impedir novas crises das contas públicas, trazendo estabilidade fiscal à união, uma gestão eficiente de políticas públicas através de três PECs.
Por fim, podemos dizer que temos tudo para 2020 ser um ano de crescimento econômico, com expectativas sendo concretizadas e oportunidades sendo criadas.
Desejo a você leitor que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas que serão colhidas com maior sucesso no ano que chega.
Felipe Zaia é trader profissional e especialista em investimentos da Wise Advisors